3 de abril de 2011

Relatório da viajem a São Paulo

Na primeira parte do percurso, aproveitamos o tempo que teríamos até a hora marcada com os professores, para visitarmos alguns pontos turísticos nas proximidades do vale do Anhangabaú. Eu, mais alguns colegas participamos duas visitas guiadas gratuitas. A primeira, ao edifício Martinelli, com todos seus atrativos arquitetônicos e históricos. E ao Edifício Altino Arantes, o segundo maior edifício de São Paulo, que se destaca no cenário verticalizado da capital com sua bandeira do Estado de São Paulo.

Esta região do centro, além de muito adensada possui um caráter extremamente comercial, aparentemente parece que a maioria dos edifícios é ocupada por empresas e escritórios. Neste dia ele estava muito ocupado e frequentado, por pessoas bem vestidas (de terno apesar do calor).
Depois destas visitas, atravessamos o vale do Anhangabaú em direção a Galeria do Rock. No caminho passamos pela Praça dos Correios e entramos num prédio Neoclássico dos Correios, em que estava havendo uma exposição. Este prédio parecia ter passado por uma revitalização recente, em que havia sido estalada uma claraboia no pátio central, muito semelhante a iluminação zenital da Pinacoteca.

Enfim chegamos a Galeria do Rock... As gurias foram as compras, enquanto eu fiquei tirando algumas fotos. O que mais me marcou, foi a quantidade de japoneses ou chineses e até o momento, não encontrei algum paulistano com sotaque original nesta cidade. Almoçamos e fizemos o mesmo percurso até o encontro dos professores em frente ao Salve Jorge.
Ao encontrarmos os professores, iniciamos a caminhada direcionada. Foi ai que conhecemos o peculiar guarda-chuva vermelho do Marcelo Maia, que serviu como ponto de referencia a ser perseguido pelos alunos. Logo no primeiro momento, atravessamos o Pateo do Collegio e avistamos o “Monumento Glória Imortal aos Fundadores de SP”. Nesta região a altura dos edifícios já diminuiu, e a quantidade de prédios antigos também.

Caminhamos mais um pouco e chegamos ao viaduto Rangel Pestana sobre a Avenida do Estado, Parque Dom Pedro II e rio Tamanduateí. Sob este viaduto havia muitos moradores de rua e até mesmo algo parecido como um projeto social. Ao chegarmos ao outro lado, foi evidente o papel destas barreiras no senário urbano. De um lado o centro comercial e financeiro, com atrativos culturais e sociais. Uma área formal, muito bem consolidada e com uma grande infraestrutura. E do outro lado desta barreira natural (artificial também) uma região que eu definiria como informal, apesar de não ser caracterizado por edificações irregulares (ou não), possuir uma infraestrutura tão qualificada quanto a outra, se apresenta muito degradada devido a um uso obsoleto.

Mais adiante, na Rua do Gasômetro passamos pelo Gasômetro, uma edificação de tijolos a vista muito interessante e com grande potencial para se tornar um dispositivo de interesse social. Seguindo, passamos pelo Palácio das Indústrias – Catavento e os Edifícios São Vito e Mercúrio que estão sendo demolidos num processo demorado e cuidadoso, para não atrapalhar o transito da Avenida do Estado e causar danos a bens tombados do entorno, como o Mercado Municipal. Além destes edifícios o Viaduto Diário Popular também será demolido. A principio parece que a prefeitura não tem a definição exata de todas as obras que compreendem esta operação urbana. Dando margem a uma proposta.

Continuando nossa caminhada, passamos pelo Pátio do Pari, que é um dos maiores pátios ferroviários da cidade e delimita três áreas distintas em seu entorno: uma voltada ao comercio especializado de cereais, outra ao comercio de roupas e uma terceira que abriga habitação de baixa renda. Dai voltamos a atravessar o Rio Tamanduateí e entramos no Mercado Municipal, com direito a intervalo de 30 minutos para conhecê-lo.

Foi ai que eu tirei a prova se o sanduiche de mortadela, realmente tinha mortadela... E como tinha... Isto se trata de um sanduiche com nada menos que 200gramas de mortadela... Um exagero, mas muito bom. Depois de reabastecer nossas energias, continuamos nosso diagnostico urbano. Seguimos caminhando em direção a Estação da Luz e no caminho passamos ainda pela Rua 25 de Março.

Enfim chegamos a charmosa Estação da Luz. Tiramos muitas outras fotos e reparei sobre um projeto que a prefeitura parece estar desenvolvendo na região, a Nova Luz. Caminhamos até a Estação Júlio Prestes aonde pegamos o metrô até a estação da Republica. Ao sairmos da estação, já avistamos os Ed. Copam E Itália, dois gigantes no cenário urbano. E esta região já pareceu ser mais heterogenia, tanto com uso comercial quanto residencial.

Então estávamos ali, embaixo do Ed. Copam, quando a tão famosa garoa paulista começou a cair, e decidimos encerrar os diagnósticos urbanos de sexta-feira. Alguns alunos voltaram para o hotel, eu permaneci com um gruo que queria estender os passeios mais um pouco. Então antes de ir ao hotel, nós passamos ainda em um boteco nas proximidades do Ed. Itália, depois em um restaurante Italiano no bairro Bexiga, e por mim ainda fomos a uma boate no Bairro Vila Madalena. Neste dia dormi por volta das 5horas da manha de sábado.

Enfim chegamos a nossa ultima caminhada-diagnostico, agora estamos em frente a Estação de Metrô do Brás, e iniciamos nossa caminhada por uma área cheia de edificações baixas, ou de uso comercial ou misto. A maioria das lojas é especializada no comercio de roupas e artigos eletrônicos. Atravessamos o Largo da Concordia e seguimos pelo Viaduto Gasômetro e tivemos uma vista melhor da região, que apresento muitos prédios deteriorados e aparentemente invadidos. Com muitas moradias de baixa renda. Do outro lado no trilho do metro, encontramos também muitas lojas têxteis, mas a diversidade do comercio aumentou. Ali existiam lojas de esquadrias, carros, entre outras.
Voltamos para o Largo da Concordia pela Av. Rangel Pestana e encerramos ali os diagnósticos dirigidos. E encerramos ali a nossa caminhada direcionada.

2 comentários:

  1. Massa che! legal demais...gostei do relatório. E que momentos... abração!

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