8 de abril de 2011

Operações urbanas financiam, pela primeira vez em SP, obras de habitação de interesse social

Pela primeira vez na história de São Paulo, habitações de interesse social (HIS) estão sendo construídas com verba das operações urbanas em curso. Operações urbanas são projetos de melhoria ambiental e de infraestrutura em áreas determinadas da cidade, financiados pela venda de potencial construtivo. Com isso, empreendedores podem erguer edificações maiores do que o coeficiente básico permitido na Lei de Uso e Ocupação do Solo, mediante pagamento. Nas quatro operações em vigor, apenas grandes obras viárias haviam sido contempladas com a verba arrecadada.

Na região da Água Espraiada, por exemplo, três áreas estão em início de obras para a construção de 814 unidades habitacionais com verba da Operação Urbana Consorciada Água Espraiada. As moradias estão divididas em três regiões: Jardim Edite, Corruíras e Estevão Baião. Todas tiveram início neste mês. A verba para construção é oriunda da venda dos Cepacs (Certificados de Potencial Adicional de Construção).

No Jardim Edite, no Brooklin, serão construídas 249 unidades habitacionais divididas em dois tipos. Um com cinco pavimentos, com dois quartos, sala, cozinha, banheiro, distribuídos em 50 m² de área útil, e outro composto por 3 torres com 16 andares e 52 m². Este último possui a inovação da utilização de elevadores.

Estas unidades serão destinadas às famílias que moravam na favela do Jardim Edite e hoje aguardam em aluguel social. O projeto envolve ainda a construção de uma Assistência Médica Ambulatorial (AMA), uma Unidade Básica de Saúde (UBS), uma creche e um restaurante-escola (local onde se ministram aulas de gastronomia). A valor da licitação da obra é de R$ 40 milhões e a previsão de conclusão é de 18 meses.

Já o projeto para a região do Corruíras, localizado na zona sul, no distrito do Jabaquara, prevê a construção de 241 unidades habitacionais com área aproximada de 50 m² cada uma. Com licitação no valor de R$ 32 milhões, o empreendimento será destinado a população que será removida da favela Levanta Saia, no Campo Belo, para o prolongamento da Avenida Jornalista Roberto Marinho, junto ao Córrego Água Espraiada. O conjunto habitacional terá dois blocos com 7 e 9 pavimentos cada um. O prazo do término das obras é 18 meses.

O terceiro projeto está divido em três áreas de provisão (regiões destinados à construção de habitações) localizadas em Estevão Baião, Casemiro de Abreu e Iguaçu, no distrito de Campo Belo. O projeto prevê reassentamento de 324 famílias que serão transferidas das favelas Água Espraiada, Sônia Ribeiro e Emboabas, situadas ao longo da Avenida Jornalista Roberto Marinho.

Na área de provisão Estevão Baião, estão previstos 4 blocos com 4 unidades por andar, compostos por dois dormitórios, sala, cozinha, banheiro e área de serviço, totalizando 200 unidades. Em Casemiro de Abreu, serão construídos edifícios de 5 e 6 pavimentos, totalizando 84 unidades. Já na provisão de Iguaçu e Gutemberg, o projeto estabelece a implantação de dois edifícios, um com 4 e outro 5 pavimentos. Cada um possui 4 unidades por andar, totalizando mais 40 moradias. A previsão de construção é de 24 meses, com licitação no valor de R$ 43 milhões.

Todos os condomínios são fechados com gradis, muros e portões. Possuem áreas de lazer coberta e descoberta, jardins, playground, quiosque, quadras de esporte e paisagismo.

Além desses empreendimentos, por meio da Operação Urbana Faria Lima, desde outubro deste ano, estão sendo construídas 1.135 unidades habitacionais no Real Parque, zona sul, e revitalizadas mais 834 unidades do antigo Cingapura. A duração das obras é de 30 meses. (Clique aqui e confira a matéria).

“Trata-se de um momento importantíssimo para a cidade de São Paulo, principalmente para as famílias de baixa renda que há tanto tempo lutam para ter moradia digna nessas regiões valorizadas da cidade, onde residem há anos, mas das quais acabavam removidas por causa das obras viárias”, afirma Elisabete França, Superintendente de Habitação Popular e Secretária Adjunta da Secretaria Municipal de Habitação.

FONTE: http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/habitacao/noticias/?p=23970

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